Vale do Jaquaribe
O Vale do Jaguaribe, região socioeconômica do Ceará, é formado por 15 municípios, quais sejam: Jaguaruana, Jaguaribe, Tabuleiro do Norte, Quixeré, Jaguaretama, Alto Santo, Pereiro, Iracema, Jaguaribara, São João do Jaguaribe, Ererê, Potiretama, Russas, Morada Nova e Limoeiro do Norte, com destaque, em termos populacionais, para os três últimos deste elenco
Sistema rodoviário
A região, segundo dados disponibilizados pelo governo do estado (2016), possui uma malha rodoviária compreendida por 1.255,50 km de rodovias municipais, 1.294,30 km de estaduais e 170,20 km de federais, totalizando 2.720,00 km. O sistema rodoviário federal da região é composto pela BR-304 e a BR-116 que corta ou margeia grande parte dos municípios da região e os conecta à capital Fortaleza.
Fluxo Intenso
Em Limoeiro do Norte, um trecho da rodovia estadual CE-265 que interliga o município à BR-116 se constitui na principal via de acesso à cidade, que, além do tráfego de veículos promovido por seus moradores, concentra uma quantidade significativa de instituições federais e estaduais, o que ocasiona um intenso fluxo de visitantes de outros municípios da região.
Comércio
Nossa Princesa do Vale, como é conhecida Limoeiro do Norte, também conta com um setor de comércio e serviços muito intenso, o comércio local hoje conta com varejistas de renome nacional, diversas agências bancárias e centros de saúde. Também palco de eventos culturais e esportivos que, em seus dias de festa, levam milhares de pessoas de todas as demais regiões do estado à cidade. Todos esses fatores somados, transformam o trecho de 7km, em sua grande maioria de faixa contínua, em um verdadeiro pesadelo aos seus transeuntes.
Drama Humanitário
Maior, ainda, é o drama das famílias que vivem no Bairro Antônio Holanda, também conhecido por Cidade Alta. O referido bairro é cortado pela CE-265, e tem na mesma a sua principal, senão a única, via de acesso ao centro da cidade. Infelizmente, não há um só morador de Limoeiro que já não tenha perdido um parente, um amigo, ou que já não tenha presenciado um trágico acidente na referida rodovia. Trágica também é sabermos que a solução para todo esse drama humanitário está ao alcance de uma obra de engenharia. O trecho, de apenas 7 km, não apresenta grandes desafios estruturais ou orçamentários. A pergunta é: quanto vale uma vida? Quanto custam as sequelas deixadas por essas tragédias evitáveis?
Promessas
De fato não há um só residente do Vale do Jaguaribe que já não tenha ouvido falar de projetos que visavam a duplicação desses quilômetros de angústia, mas que nunca saíram do acostamento das promessas. Os anos seguem sendo ultrapassados pela marcha lenta da falta de planejamento. E quanto à vida? Ela segue pedindo passagem.