Complexo Agroindustrial Vale do Jaguaribe

Desenvolvimento Agroindustrial no Vale do Jaguaribe

Complexo Agroindustrial

Do campo à mesa, essa é a lógica competitiva de um Complexo Agroindustrial. A partir dessa premissa, passo a uma visão detidamente estratégica, e não técnica, de onde se projeta um conglomerado de empresas, composto por empreendimentos que vão desde aqueles de base agropecuária, dos da indústria de transformação, da indústria de serviços, até aos do comércio atacadista e varejista, operando seus processos produtivos de forma interdependente, porém, concatenados em uma cadeia produtiva coesa, competitiva e sustentável.

Um bom exemplo

Para ficar num bom exemplo, podemos projetar a cadeia produtiva do milho, cereal já há um bom tempo produzido em larga escala na Chapada do Apodi, mas que, ainda hoje, segue sendo comercializado in natura por seus produtores. A partir de uma estratégia agroindustrial, teríamos a produção do milho no campo, seu beneficiamento na indústria de moagem e embalagem, a distribuição pelo comércio atacadista e, através dos varejistas, chegando até a mesa do consumidor.

Esse exemplo, colocado dessa forma linear é importante para a compreensão do leitor, porém, oculta alguns detalhes importantes, senão vejamos: para o plantio do milho, o empreendedor rural terá que contar com o apoio do comércio de máquinas e implementos agrícolas e sua rede de oficinas para manutenção, com a indústria de sementes, de adubos e defensivos, de mão-de-obra especializada e daí por diante.

Visão Estratégica

É forçoso ainda esclarecer que um Complexo Agroindustrial é uma visão estratégica e não física, não se trata de um parque industrial, com um monte de indústrias empilhadas, com imensos desafios ambientais, sanitários e logísticos, esse modelo já foi superado.

Numa visão atualizada de uma cadeia de produção de polpas e sucos, por exemplo, o beneficiamento das frutas já pode se iniciar diretamente em um espaço, devidamente estruturado, ao pé do pomar, evitando o desperdício gerado pelo manuseio e transporte, podendo sua comercialização se dar até pela internet, para o mercado consumidor regional, nacional ou mesmo para exportação! O nicho do Açaí é hoje um case de sucesso.

Há de se destacar a necessidade atual, e mesmo uma tendência, de se agregar valor ao produto oriundo da agropecuária.

Emprego

A venda de produtos sem nenhum tipo de beneficiamento, transfere renda e empregos para outras regiões do estado, ou mesmo do país.

Segundo informações do Portal da Indústria, os empregos na indústria são os que oferecem melhores salários e condições de trabalho.

Quase todas as cidades do Vale do Jaguaribe contam com os Institutos Federais, formando profissionais nas mais diversas áreas, desde agrônomos até nutricionistas, mão-de-obra altamente capacitada para colocar em marcha um projeto de grande envergadura, como o do Complexo Agroindustrial do Vale do Jaguaribe.

Muitas são as iniciativas de sucesso advindas dos empreendimentos agroindustriais.

Desenvolvimento

Algumas regiões do país tem seu próprio Selo de Origem e Qualidade, agregando, assim, valor a toda uma gama de produtos e serviços, e criando nichos de mercado para seus negócios.

Vemos também, principalmente nas regiões sul e sudeste do país, cadeias produtivas baseadas na simbiose entre os produtores de ração a base de milho e soja, e grandes frigoríficos exportadores de proteína animal.

Vale do Jaguaribe é um celeiro produtivo ainda pouco desenvolvido.

Desenvolvimento

Apesar de contar com extensas áreas agricultáveis, como exemplo da Chapada do Apodi, dos Tabuleiro de Russas e do Perímetro Irrigado de Morada Nova, palcos, outrora, de grandes projetos, hoje se encontram em processo de abandono, parte por falta de recursos hídricos, é bem verdade, mas na realidade não supera a latente falta planejamento! Tecnologias já existem amplamente difundidas para o convívio com a seca.

Industrialização

Com o aumento exponencial dos custos de produção o agro se tornou inviável sem a subsequente industrialização dos seus produtos, as margens de lucros não cobrem os gastos, tem que ser o agro e a indústria juntos, unindo forças, ganhando competitividade e, assim, gerando riquezas.

Me pergunto porque o Vale do Jaguaribe não tem um Selo de Qualidade e uma indústria voltada para o beneficiamento da sua produção de mel, camarão, do milho, das frutas etc. Sonho com o comércio cearense cheio de cuscuz, queijos, polpas, sucos e muito mais, todos com o Selo de Origem e Qualidade Vale do Jaguaribe.

Dra. Mazé Maia | Advogada

Referências:
http://portaldaindustria.com.br/ https://www.embrapa.br

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Dra. Mazé Maia

Advogada
Suplente Deputado Federal
Presidente do PSD Limoeiro

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